quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Tempo De Cada Um

O Tempo De Cada Um
Queria acertar a maneira de deixá-los seguros e confiantes no futuro. Tentei desde muito cedo protegê-los dos desassossegos que o mundo muitas vezes impõe. Achei que fosse conseguir, rezei, pedi a Deus e a Nossa Senhora, que me dessem forças e mostrassem o caminho para que eu não me perdesse.
Fui e voltei muitas vezes, achei que tinha conseguido, mas enganei-me, em uma dessas vindas percebi que vocês já não eram os mesmos, tinham crescido e acrescido suas vidas com as vidas de outras pessoas.
Perdi-me, o que fazer e como encarar esse novo ser em que todos se transformaram?
Percebi que chorar não resolvia, então “cantei e cantei”, até que percebi que eu também já não era mais a mesma. Fechei meus olhos e soltei meus pensamentos em busca das lembranças, voltei no tempo, e percebi que tinha saudades do que vivi, aprendi que o passado ficou lá atrás, e que por lá só se deve passear. Me despedi das lembranças, prometi que voltaria “vez ou outra”, precisava correr, por que é no presente que se prepara o caminho para o futuro.
Portanto, de maneira alegre, percebi que o bom de se viver é deixar que as descobertas sejam feitas no tempo de cada um.

Belém, 19 de agosto de 2009,

Regina Pinheiro